domingo, abril 06, 2014

Futebol, cães e morte


Na sexta-feira (24/12/2010) morreu uma grande amiga: a cadela Nina. Lá em casa, sempre misturamos tudo com futebol.

Nina, morria de medo dos fogos, que celebravam títulos ou derrotas vexatórias, e ela chegou à residência da família Valia pós uma vitória do Corinthians sobre o Grêmio na Copa do Brasil, em 1995.

Foster, outro grande parceiro canino chegou em casa na final do Campeonato Paulista de 1991, após uma derrota corintiana para o São Paulo por três a zero.

A trilogia se fecha com Roberto Baggio, isso mesmo, este era o nome do Basset Dachshund, que foi concebido em 1995.

Há algumas coincidências entre os três.

Além de todos estarem ligados diretamente ou indiretamente com o futebol.

Os três já morreram.

E quem pensa que a morte os venceu?

 Enganou-se.

Este trio lutou com uma ferocidade contra a dita "Paz Derradeira" que muitas pessoas se envergonhariam pela não valorização da vida.

Foster, tinha quinze anos, teve seis AVCs, um rim parado, duas paradas cardíacas, só depois que a "Senhora do Crespúsculo" o levou.

Já o grande craque canino Roberto Baggio, teve o fígado perfurado por 23 pequenos tumores e mesmo assim travou um inconseqüente duelo com a "Encapuzada da Foice? por mais de 12 horas.

E por último, a querida Nina, que teve os pulmões tomador por um câncer, que posteriormente deu metástase nas mamas e por último no cérebro, mesmo assim viveu por mais de 30 dias.

Aí, meu caro internauta, a sua  pergunta deve ser - No final a morte venceu os três e isso não tem nada haver com o futebol?

Pois eu respondo meus caros!

A morte não os venceu. Nina, Foster e Baggio lutaram francamente deixando um exemplo para quem os conheceu impedindo estes de afrouxar, desistir ou de não lutar pela mínima gota de vida. Estes cães deram o exemplo maior, não se redimiram às circunstância do final simples e tradicional.

É assim, com as seleções da Hungria de 54, a da Holanda de 74 e a Brasileira de 1982. Os "proprietários? da objetividade as postularam como perdedoras, vejam a injustiça! Em qualquer discussão, quem  cita a campeã Alemanha de 54 e 74 ou a Itália de 82?

Meus amigos, tanto meus cães, os húngaros, o Carrossel Holandês e o time de Telê Santana nos premiaram não com o título,  mas com a exuberância da dignidade. E essa é a vitória final.

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