sexta-feira, dezembro 08, 2006

O apagão aéreo serviu para informar a classe mérdia e os Ricos o que passamos nos ônibus

Toda classe média está histérica com o cáos aéreo que surgiu no Brasil. Não é para menos. As senhoras e senhores de bons préstimos e impostos pagos a sociedade estão as neuras por causas do seus doces minutos perdidos nos aeroportos.

Mal eles sabem o que é pegar um ônibus para ir e voltar da cidade tiradentes, todos os dias. Perder horas, dentro da cidade, ficando de pé, dividindo o metro quadrado com 6 pessoas.
E sem ter a quem reclamar, apenas pagar.

Mas como diz o chico:
a conta menor que tiraste em vida
É a parte que te cabe deste latifúndio
É a terra que querias ver dividida
Estarás mais ancho que estavas no mundo
Mas a terra dada, não se abre a boca.

domingo, novembro 26, 2006

Não Vou Me Adaptar

Não Vou Me Adaptar
Nando Reis
Composição: Arnaldo Antunes
Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia
eu não encho mais a casa de alegria
os anos se passaram enquanto eu dormia
e quem eu queria bem me esquecia
será que eu falei o que ninguém ouvia?
será que eu escutei o que ninguém dizia?
eu não vou me adaptar, me adaptar
eu não tenho mais a cara que eu tinha
no espelho essa cara já não é minha
é que quando eu me toquei achei tão estranho
a minha barba estava deste tamanho
será que eu falei o que ninguém ouvia?
será que eu escutei o que ninguém dizia?
eu não vou me adaptar, me adaptar

sexta-feira, novembro 24, 2006

Amor eterno

Nelson Rodrigues


Sou uma das raras pessoas das minhas relações que acredita no amor eterno. Já escrevi mil vezes: todo amor é eterno e, se acaba, não era amor. O amor não morre - vivo eu dizendo. Morre o sentimento que é, apenas uma imitação do amor muitas vezes uma maravilhosa imitação do amor.

Diz Oswaldinho, na minha peça Anti-Nelson Roddrigues: “Quando eu a vi, senti que não era a primeira vez, que eu a conhecia de vidas passadas.” Isso quer dizer que só quem ama conhece a eternidade. Isso é romantismo de maneira despudorada. Isso é amor. Sou uma alma da Belle

Époque e de vez em quando me pergunto o que é que estou fazendo em 1974.
Mas Nelson, não haverá má fé inconsciente na idéia de que se o amor não é eterno ele não era amor?

O amor eterno pode parecer, de fato, uma justificativa de todas as infidelidades. Procurando o seu amor eterno, o homem não seria fiel a ninguém. Acontece que eu já confessei que nunca fui fiel e considero isso uma mácula que tenho quase como um estigma físico. Mas conheço vários casos de amor eterno.

Um deles: o de meu irmão Mário pela minha cunhada Célia. Morreu Mário e Célia matou-se, para segui-lo. Outro caso: O da minha tia Iaiá pelo meu tio Chico. Este era por assim dizer um bêbado nato e hereditário.


Mesmo sem beber, continuava embriagado. Era um homem que, nas suas crises de alcoólatra, enfrentava a polícia montada, derrubando cavalos e enfrentando a multidão. Mas era só Iaiá aparecer para que aquele possesso, de repente e mansamente, saísse atrás dela. Nunca Chico elevou a voz para Iaiá.

Sempre foi o homem magnetizado pelo amor: era diante dela um menino patético e tão órfão. Aos 80 anos, ele era um namorado bêbado, mas namorado. E assim ele morreu e assim ela morreu com o amor que continua para além da vida e para além da morte, como Mário e Célia.

segunda-feira, novembro 20, 2006

Quando Eu Morrer

Augusto Frederico Schmidt
Quando Eu Morrer

Quando eu morrer o mundo continuará o mesmo, A doçura das tardes continuará a envolver as coisas todas. Como as envolve agora neste instante. O vento fresco dobrará as árvores esguias E levantará as nuvens de poesia nas estradas...

Quando eu morrer as águas claras dos rios rolarão ainda, Rolarão sempre, alvas de espuma

Quando eu morrer as estrelas não cessarão de acender-se no lindo céu noturno, E nos vergéis onde os pássaros cantam as frutas continuarão a ser doces e boas.

Quando eu morrer os homens continuarão sempre os mesmos. E hão de esquecer-se do meu caminho silencioso entre eles, Quando eu morrer os prantos e as alegrias permanecerão Todas as ânsias e inquietudes do mundo não se modificarão. Quando eu morrer os prantos e as alegrias permanecerão. Todas as ânsias e inquietudes do mundo não se modificarão. Quando eu morrer a humanidade continuará a mesma. Porque nada sou, nada conto e nada tenho. Porque sou um grão de poeira perdido no infinito.

Sinto porém, agora, que o mundo sou eu mesmo E que a sombra descerá por sobre o universo vazio de mim Quando eu morrer..."

terça-feira, novembro 14, 2006

O que é governar para os Ricos?

Eu leio entre as camadas do Psdb e certo veiculos de comunicação citando que o Lula governa apenas para os pobres, e que os ricos e a classe média não terão vez neste segundo mandato.

Raciocino que o governo para os pobres nunca aconteceu realmente, nem mesmo no primeiro mandato do Presidente Lula. Pois ainda ficou muito atrelado aos indices da economia ante o social.

Mas não consigo imaginar o que é governar para os Ricos?Na minha concepção, quando o governo é voltado aos pobres, na verdade, ele vai estar diminuindo o contraste social e beneficiando todos.

Pois quando há uma saúde decente, a classe média e os ricos são beneficiados pois os planos de saúde abaixam a mensalidade. Quando a educação é melhorada, os trabalhadores podem render mais, pois a mão de obra é qualificada.

As estradas são recuperadas, o desperdicio da produção é equacionado e a oferta aumenta e o valor dos produtos fica baixo, assim os empresários ficam com um lucro maior por produção.

Ainda citam que País está dividido entre ricos e pobres? Pergunto dividido como? Pois há 15% entre ricos e classe média alta e 85% de pobres.Estes 15% não se importam com o transporte público, que estressa demasiadamente nas grandes cidades.

Não estão nem ai, além dos seus. Lembro quando um louco entrou no shopping Morumbi e matou uns três ou quatro, a repercussão que deu na imprensa. Realmente foi diabólico. Agora no Capão redondo morre três ou quatros jovens por noite, e nem uma nota na mídia.

Por que? AH. São Negros e de origem nordestina.

Pessoal vamos pensar na maioria, diminuindo o contraste social, o Brasil melhora.

segunda-feira, novembro 13, 2006

Sistema e educacional e financeiro

Você provavelmente único leitor, deve estar pensando que os assuntos são desconexos. Mas não são.

Hoje vc é avaliado primeiro pelas restrições do seu CPF. isso mesmo. olha os exemplos:

Vc não pagou a faculdade
Deve na casas bahia
E não pagou a comprar do carrefour

Vc, cidadão, não passa de um mal caráter irrefutavel. Não adianta alegar qualquer motivo para tais débitos. Perante a sociedade é um marginal, não conseguirá emprego registrado, está fadado ao fracasso eterno e a morte social lenta e ignorada.

Na verdade es um enfermo, um mendingo, um infrator da austeridade economica financeira.

Por que chegou nisso?
Não sei.
Vc estudou? se formou? E não tem emprego.

Ninguém avaliou tua faculdade para ver se tinha mais de 100 alunos por classe?
se o ensino era decente?
se suas reclamações era pertinentes e agora te processam e cobram uma fortuna do teu salário,

Este Paulo Renato foi um gênio. Di Gênio, Labibs e outros amam ele com todo coração.

Para vc pobre idiota e mortal, só restou uma coisa o plano B.

E fique satisfeito.

domingo, novembro 12, 2006

Transporte público péssimo, preço estratosférico

Alguém me poderia explicar por que o transporte público paulistano vai subir 265%?
Público não. Pois ele presta apenas um serviço de péssima qualidade, com linhas mal distribuídas sempre lotadas, sem conforto e com funcionários na maioria das vezes cumprindo turno de 12 horas.
E pasmem o metrô pode ter o preço fixado a R$ 2,70 . Alguns energumenos vivem vociferando- " São Paulo tem o melhor metrô do mundo".

Eu pergunto - PORQUE VOCÊ DIZ ISSO CARA PÁLIDA?

O metrô de São Paulo tem apenas 72 kilometros de malha. Rídiculo perto de outras megalopolis pelo mundo. Aliás não sei por que SP o metrô é administrado pelo Estado e no resto do mundo pelos municipios.

Veja as malhas pelo Mundo :


idade Extensão (Km)
Londres 4 15
Nova Iorque 398
Tóquio 292,3
Seul 286,9
Moscou 275,6
Madri 224,44
Paris 211,99
Cidade do México 201,7
Washington 171,2

E ainda o tal presidente do Metrô paulistano disse: " Cabe mais gente no Metrô de São Paulo, a média mundial é 11 pessoas por metro quadrado e na cidade temos apenas 8". O nome do cidadão é Luiz Carlos Frayze David, ele nunca pensou em utilizar os "produtos" da empresa que preside, nos horários de pico. Que deve ter uma média de 18 pessoas por m2. Ai ele pega o horário das 10h00 e das 15h00, divide pelo das 18h00. Ai este número fátidico de 8. Que pela eficiência do serviços que conhecemos nos âmbitos estaduais e municipais devem estar errados.