domingo, janeiro 28, 2007

Como vou estar daqui a 5 anos?@)@?@??@

Toda vez que pinta uma entrevista para um emprego, trabalho ou qualquer raio que você queira denominar, os "beneditinos" do departamento RH pedem para o usurpado desenvolver uma redação: "como vou estar daqui a 5 anos".

Na maioria das vezes, surge aqueles seres feudais, com crateras tucanas de erros no português, esquecendo as diferenças entre o singular e o plural, pedindo:

- Pensem no profissional e nas familia . (Sic)

Aqui vou realizar um exercicio de reflexão e tentar imaginar(claro que numa visão pessimista, quase Caridjita) .


Redação
Daqui a cinco anos

-Não tenho pais, eles não morreram, apenas desistiram do filho, a lá Kafka. Do mesmo modo, esposa, irmãos, tios, primos, primas e aquilo que se denomina familia. Todos pelo mesmo motivo. Desistiram do besouro, que apenas ancora sua casca.

- Estou sem emprego. Sim, tenho formação universitária, como tantos milhões. Não tenho moradia, vago pelas ruas, com uma barba, que cabe em meu rosto. Roupas maltrapilhas, sapato furado, com uma garrafa de aguardente na mão.

- Sou um ermitão. Magro,mas barrigudo, de vez em quando vasculho lixos para arrumas uns petiscos para dar aos vira-latas. Minha fonte energia é a márdita.

- Comigo carrego tristezas, injustiças, amarguras, ressentimentos, arrependimentos e todos sem lágrimas. Afinal sou tecnicamente morto. Há também quatro fotos, onde lembro que um dia fui cidadão e também para não ser desfeito como um indigente ou ser pendurado como pedaço de carne.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Reflexões importantes sobre o buraco do tucanato

AINDA ESTOU RAIVOSO COM A INCOMPETÊNCIA E A FALTA DE TATO DAS "TORIDADES" COM AS VITIMAS. VOU APENAS TRANSCREVER ALGUMAS MATÉRIAS IMPORTANTES QUE EU LI A RESPEITO DO ASSUNTO. SEMANA QUE VEM ESCREVO A RESPEITO.





GEÓLOGO: "SEDE DE LUCRO AFETOU SEGURANÇA"
Paulo Henrique Amorim
O geólogo e ex-diretor do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) Álvaro Rodrigues dos Santos* disse em entrevista ao Conversa Afiada nesta terça-feira, dia 16, que o consórcio Via Amarela premiava as equipes que conseguissem acelerar o cronograma da obra da linha 4 do Metrô (clique aqui para ouvir).
“É estabelecido um cronograma para determinadas atividade e as equipes que conseguem reduzir o tempo de execução daquele cronograma são premiadas na proporção da redução”, explicou Santos.
Segundo ele a premiação era em dinheiro. O geólogo disse que esse tipo de incentivo prejudica o andamento técnico e a segurança da obra.
“Muita pressa, o que determinou muita sede de lucros e um decorrente desprezo pelas questões mais básicas de segurança de obra”, disse Santos.
Álvaro Rodrigues dos Santos disse que se não houvesse pressa, os técnicos teriam paralisado as obras quando o consórcio foi avisado pelos moradores sobre trincas e rachaduras nas casas da região. Segundo ele, houve desprezo técnico para esse tipo de problema.
O geólogo também lembrou que houve uma “corrida de lama” da direção do rio Pinheiros para dentro da escavação. “Eram todos sinais que em qualquer situação de engenharia seria lógico, normalíssimo, natural, a ordem de paralisar a obra, investigar o que está acontecendo, corrigir o que está errado para depois continuar”, disse Santos.
Santos disse também que se essas questões de segurança fossem melhor observadas as mortes poderiam ter sido evitadas.
Veja os principais pontos da entrevista com Álvaro Rodrigues dos Santos.
Álvaro Rodrigues dos Santos defende uma investigação profunda no contrato da obra da linha 4 do Metrô. Segundo ele, não se pode ficar apenas nas investigações técnicas do acidente, é preciso ver como era feito o gerenciamento dessa obra.
O geólogo criticou o modelo “Turn Key” de contrato. Segundo ele, o principal problema, neste caso, é a ausência de agentes públicos na fiscalização e no acompanhamento da obra.
Segundo Santos, esse acidente mostra que esse tipo de contrato não é bom para o Brasil. Ele disse que pode ser bom e dar certo em outros países, mas no Brasil ainda não funcionou. Ele disse que em países mais avançados há instrumentos de defesa da sociedade que não há no Brasil.
Outro problema apontado por Santos é o excesso de terceirizações dentro da obra. Ele disse que, numa cascata de terceirizações, “quase sempre” se perde o controle da qualidade técnica dos resultados finais.
Santos disse que também é preciso rever a apólice de seguros da obra. Ele sugeriu que se faça uma investigação detalhada sobre os termos do seguro para ver se a apólice de acidentes colaborou para uma “frouxidão” nos cuidados de segurança.
Santos defende não só uma investigação mas também uma revisão do contrato da obra da linha 4 do Metrô. Ele defende a investigação do “ambiente” que propiciou esse acidente.


O Conversa Afiada, procurou o consórcio Via Amarela para confirmar a informação da premiação para aceleração do cronograma da obra. A assessoria de imprensa do consórcio informou que “qualquer informação institucional” será dada pelo depois da conclusão do resgate das vítimas.




*Geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos
· Ex-Diretor de Planejamento e Gestão do IPT e Ex-Diretor da Divisão de Geologia
· Foi Diretor Geral do DCET - Deptº de C&T da Secretaria de C&T do Est. de São Paulo
· Autor dos livros “Geologia de Engenharia: Conceitos, Método e Prática”, “A Grande Barreira da Serra do Mar” e “Cubatão”
· Consultor em Geologia de Engenharia, Geotecnia e Meio Ambiente
· Criador da técnica Cal-Jet de proteção de solos contra a erosão

FURO MUNDIAL DO JORNAL ESTADO DE SÂO PAULO

INCRIVEL, ABSURDO, IMENSURAVEL, CONTAMINANTE A MATÉRIA DO JORNAL ESTADO DE SÃO PAULO, VULGO ESTADÃO.

Em lugar de bilhetinhos, governador manda e-mail
Carlos Marchi
A proposta de um e-governo cai bem na gestão de José Serra, um aficionado pela internet. No lugar dos bilhetinhos, que ficaram célebres com o presidente Jânio Quadros, o governador paulista despacha pelo correio eletrônico.

São famosos os e-mails emitindo ordens a subordinados, dando respostas a perguntas de jornalistas ou avaliando sugestões. Os amigos de Serra sabem que o melhor acesso a ele não é um telefonema, mas uma mensagem dirigida a seu endereço eletrônico. Sidney Beraldo conta que, no segundo dia de governo, recebeu um e-mail do governador às 3:05h da madrugada.


O secretário dá duas razões para seu projeto de transformar os paulistas em usuários do computador, como Serra: a primeira é que assim os cidadãos poderão acessar mais serviços do Estado; a segunda é que, via internet, eles fiscalizarão as ações do governo. Beraldo promete ampliar para mil os atuais 400 postos do Acessa São Paulo - onde pessoas de baixa renda podem usar gratuitamente, por 20 minutos, um computador conectado à internet.

O secretário de Gestão quer também ampliar o programa Farmácia Eletrônica, um controle centralizado das farmácias dos hospitais estaduais para a distribuição de remédios gratuitos, que bloqueia a retirada de remédios em mais de uma farmácia hospitalar. Só o controle centralizado nas farmácias do Hospital das Clínicas gerou uma economia de 36%, diz. Beraldo pretende também ampliar o e-Poupatempo, atendimento pela internet que visa a desafogar os postos físicos do Poupatempo. Ele vai estimular o uso dos computadores do Acessa São Paulo para solicitações que não demandem a presença física dos cidadãos num posto.

COMO PODE SER TÃO RIDICULO A ESTE PONTO. CLARO QUE ISSO FOI ANTES DO BURACO ASSASSINO TUCANO EM PINHEIROS. AI PARA QUEM SERÁ QUE ELE MANDOU EMAILS.

sábado, janeiro 13, 2007

Estadão e sua Campanha eterna pela concentração de renda e o Paulistério


Eu não podia de deixar de comentar este artigo que saiu no caderno Aliás do Jornal Estado de São Paulo no domingo. O tal sociologo José de Souza Martins não analisa discursos pelo âmbito da sociologia e sim pela sua psicologia e claro pelas menções do Jornal mais conservador do Brasil, diga-se coerente também, pois mantém a mesma opinião há anos. A concentração de renda, a manutenção desta elite nojenta, que quer acha que o povo que fazer filho para ganhar o Bolsa familia. Que apenas eles, com seus doutores do acaso tipo Fernando Henrique Cardoso, quer resolver as coisas do seu jeito, modo. Preservando suas riquezas conquistadas a base e condição do patrimônio Público.

Vou analisar um cadetrático da Usp e colunista do estadão- Que ousadia hein.

Segue em vermelho os meus comentários



Domingo, 7 janeiro de 2007
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ALIAS

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O Brasil místico e o Brasil racional
Lula citou Deus 12 vezes, Serra invocou o humanismo. Lula disse ser o povo no poder, Serra afirmou só representar o povo

A linha fina já mostra a proposta do texto. Mostrar o racionalismo do tucanato que proporcionou as privatizações tucanas, do patrimônio público, e apresentar o Nordestino anafalbeto que chegou o poder. Eta cabra de sorte este Lula. Pena que o Povo não entende que o Serra é a solução.


José de Souza Martins*
Duas personagens polarizam o cenário da renovação ritual da conjuntura nacional de poder que se abre com o início do segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva, na presidência da República, e da posse de José Serra, no governo de São Paulo. Uma nova era pode estar começando.

Uma nova era? Que racionalismo é este que enriqueceu um tal de Daniel Dantas, que aliás é sócio da irmã de um governador tucano numa empresa de assessoria financeira.



Os dois discursos de Lula, em Brasília, e os dois discursos de Serra, em São Paulo, contêm muito mais do que mero prenúncio do embate partidário que se travará, em 2010, entre o PT e o PSDB. Há neles uma polarização de conteúdos.

A eleição não acabou para as Zelites, com diz Millor. Eles não entendem como perderam. Toda mídia a favor do GG Tucano. manipulação de informações e outras coisinhas tais, que o Rodrigo Viana explica bem.



Serra e Lula são personagens de um mesmo cenário histórico. Ambos nasceram em 1945, na conjuntura do fim da Segunda Guerra Mundial e do fim do primeiro governo de Getúlio Vargas, que mudara profundamente a sociedade brasileira e abrira a era de progresso industrial que ambos conheceram.

Aos 11 anos de idade, Serra morava no bairro operário da Mooca, de onde podia ver, do outro lado da estrada de ferro e do rio Tamanduateí, a Vila Carioca, o bairro operário em que morava Lula. Serra era filho de imigrantes italianos, oriundos da Calábria pobre, mística e dramática, dos que vieram para São Paulo tentar a vida, na onda da grande imigração italiana. Lula era de uma família de pequenos proprietários de terra, migrantes vindos do sertão de Pernambuco para São Paulo, não como retirantes, que eram as vítimas da seca, mas em busca do pai que abandonara a família. Também ele vinha, criança ainda, de uma região mística e pobre e não menos dramática do que a Calábria dos avós de Serra. Essas origens calam fundo na alma das pessoas, na sua identidade, na sua visão de mundo, em seus compromissos éticos e políticos.

Comparar a intensidade de vidas entre Lula e Serra é bucólica. O governandor foi pobre, mas se virou bem. Lula passou fome, engraxou sapato, veio numa viagem de pau de arara. Lula viveu. enquanto serra tem na familia casos de sofrimento.



No discurso do parlatório, Lula explicou que 'chegar onde eu cheguei, saindo de onde eu saí, eu só posso dizer que existe um ser superior que decide os destinos de cada um de nós e, por isso, eu estou aqui'. No discurso do Palácio dos Bandeirantes, Serra se referiu à conjuntura histórica em que nascera, como a de uma época de trabalho e de oportunidades: 'sou fruto das oportunidades que um Brasil dinâmico dava aos filhos dos mais pobres'.

Se há coincidências na biografia de ambos, parece que elas terminam nas concepções opostas da história e da política. Para Lula, o seu mandato político é expressão da vontade divina, o governante como objeto dos imponderáveis do transcendental. Para Serra, o mandato é expressão das oportunidades democráticas do processo político, da inserção do cidadão como sujeito de vontade política.


O destino levou Lula ao poder. A ação política levou Serra ao poder. O cenário político que se abre com estas eleições antepõe o Brasil místico e o Brasil racional, o Brasil tradicional e o Brasil moderno, o Brasil que cumpre um destino e o Brasil que elege um destino.


Não é casual, portanto, que eleitos ambos pelo voto democrático do povo, tenham concepções tão desencontradas da democracia. Lula agradeceu aos trabalhadores que 'ajudaram a conquistar a democracia': 'os trabalhadores conquistaram o direito de entrar nesta Casa como se esta Casa fosse a casa deles, porque não pode ser diferente, o palácio de um governo tem que ser o palácio do povo brasileiro.' Serra, porém, assinalou: 'que o Estado seja cada vez mais controlado pela sociedade, que esta possa se defender de seus abusos e nele possa influir alterando os rumos das ações públicas, na perspectiva da contínua democratização.'


Para Lula a democracia é a presença física do trabalhador na arquitetura palaciana. Para Serra, a democracia é a presença política da sociedade no controle da arquitetura do Estado e, portanto, das ações do governante. Lula se considera o povo no poder.

Serra se considera representante do povo no poder. Lula tem uma compreensão pessoal do processo democrático. Serra tem uma compreensão política do processo democrático. A sociedade não precisa entrar no palácio para que haja democracia.


Não obstante essas polarizações e discrepâncias, estamos em face da ascensão política dos filhos dos bairros e subúrbios operários de São Paulo, os filhos das oportunidades sociais do nacional-desenvolvimentismo e da herança da Revolução de Outubro de 1930, quando a questão social deixou de ser questão de polícia para se tornar questão de política. No final de seu discurso no Palácio dos Bandeirantes, Serra fez emocionada referência a três pessoas: o Cardeal Dom Paulo Evaristo, o ex-governador Franco Montoro e a Madre Cristina (1916-1997), a corajosa e suave religiosa que não tinha medo da política e das idéias.


Três figuras emblemáticas da renovação política e religiosa influenciada pela Ação Católica. De algum modo identificadas com as idéias de Emmanuel Mounier, o dirigente da revista Esprit, cuja doutrina do personalismo em oposição ao individualismo propunha a reconversão do homem de objeto em sujeito. Foi a Madre Cristina que conduziu Serra, estudante da Escola Politécnica da USP, da Juventude Universitária Católica, à sua primeira disputa política, a da presidência da União Nacional de Estudantes.

As idéias de Mounier também chegaram ao ABC através da ação pastoral de Dom Jorge Marcos de Oliveira, bispo de Santo André. Sua pastoral operária mobilizou os trabalhadores católicos e criou as bases do grupo político que participará da fundação do PT e da transformação de Lula numa figura nacional.

ai ele compara os dois discursos ridiculamente. Apesar de tudo é o povo no poder sim. Ou vc acredita num país onde 15% tem mais que 50% de toda riqueza PRODUZIDA NAS MÃOS NÃO precisa de uma distribuição de renda. Enquanto Serra, era um pobre, politico talentoso, mas que agora tá com cisma de Carlos Lacerda de ser presidente a qualquer custo. O nosso calvo governante é um politico que foi pobre representando os ricos.


Nos dois discursos de Serra, são invocados e proclamados valores comuns aos do humanismo
cristão. Nos dois discursos de Lula, Deus é invocado diretamente 12 vezes.

Ai ele viajou, fumou um estragado como diz o sociologo de buteco mario Pizza.

*José de Souza Martins é professor titular de Sociologia da Faculdade de Filosofia da USP

Mitos e verdades sobre ateísmo

Está matéria saiu no Estadão no domingo 07/01/2007. Elucidativa e informativa. Bom para os para todos entenderam como funciona a mente de um homem com outras perspectiva sem a "bengala dos milagres".


Mitos e verdades sobre ateísmo


Sam Harris*
O termo "ateísmo" tornou-se tão estigmatizado nos EUA que ser ateu virou um total impedimento para uma carreira política, por exemplo. Segundo pesquisa da revista Newsweek, apenas 37% dos americanos votariam num ateu para presidente. É normal nos EUA, onde 87% da população diz "nunca duvidar" da existência de Deus e imagina que ateus são intolerantes, imorais e cegos para a beleza da natureza. Em vista disso, é importante derrubar mitos. Este artigo foi publicado originalmente no jornal Los Angeles Times.

IGNORÂNCIA DOS BENEFÍCIOS
Diz-se que os ateus ignoram o fato de que a religião é benéfica para a sociedade. Os que sublinham isso parecem nunca perceber que tais efeitos não conseguem demonstrar a verdade de nenhuma doutrina religiosa. Além disso, na maioria dos casos, parece que a religião dá às pessoas más razões para se comportar bem. O que é mais moral: ajudar os pobres por se preocupar com seu sofrimento ou ajudá-los por acreditar que o Criador quer que você o faça e o recompensará por fazê-lo ou o punirá por não fazê-lo?


SEM BASE MORAL

Alegam que o ateísmo não oferece base para a moralidade. Se uma pessoa ainda não entendeu que a crueldade é errada, não descobrirá isso lendo a Bíblia ou o Alcorão - já que esses livros transbordam de celebrações da crueldade, tanto humana quanto divina. Não tiramos nossa moralidade da religião. Decidimos o que é bom recorrendo a intuições morais embutidas em nós e refinadas por milhares de anos de reflexão sobre as causas e possibilidades da felicidade humana.


NÃO VÊEM SENTIDO NA VIDA

Pelo contrário: são os religiosos que se preocupam freqüentemente com a falta de sentido da vida e imaginam que ela só pode ser redimida pela promessa da felicidade eterna no além. Os ateus tendem a ser bastante seguros quanto ao valor da vida. A vida é imbuída de sentido ao ser vivida de modo real e completo. Nossas relações com aqueles que amamos têm sentido agora; não precisam durar para sempre para tê-lo.

CULPADOS POR CRIMES
As pessoas de fé alegam com freqüência que crimes de Hitler, Stalin e Mao foram produto inevitável da descrença. Mas o problema do fascismo e do comunismo é que são parecidos demais com religiões. Regimes assim são dogmáticos ao extremo e originam cultos à personalidade indistinguíveis da adoração religiosa. Campos de extermínio não são exemplos do que acontece quando os seres humanos rejeitam o dogma religioso; são exemplos do dogma político, racial e nacionalista.

ARROGÂNCIA
Quando os cientistas não sabem alguma coisa, eles admitem. Na ciência, fingir saber o que não se sabe é falha grave. Mas isso é o sangue vital da religião. Uma das ironias do discurso religioso é a freqüência com que as pessoas de fé se vangloriam de sua humildade e, ao mesmo tempo, alegam saber fatos sobre cosmologia, química e biologia que nenhum cientista conhece. Quando consideram questões sobre a natureza do cosmos, ateus tendem a buscar suas opiniões na ciência. Isso não é arrogância. É honestidade intelectual.

PAPEL NA CIÊNCIA
Há quem diga que o ateísmo não tem ligação com a ciência. Embora seja possível ser um cientista e ainda acreditar em Deus, não há dúvida de que um envolvimento com o pensamento científico tende a corroer, e não a sustentar, a fé. Tomando a população dos EUA como exemplo: quase 90% do público em geral acredita num Deus pessoal; mas 93% dos membros da Academia Nacional de Ciências não acreditam.

FECHADOS À ESPIRITUALIDADE

Nada impede os ateus de experimentarem o amor, o êxtase, o arrebatamento e o temor. O que eles não tendem a fazer são afirmações injustificadas sobre a natureza da realidade com base nessas experiências. Não há dúvida de que alguns cristãos mudaram suas vidas para melhor lendo a Bíblia e rezando. O que isso prova? Prova que certas regras e códigos de conduta podem exercer um efeito profundo sobre a mente humana. Tais experiências positivas dos cristãos sugerem a existência de Deus? Nem remotamente, uma vez que hindus, budistas, muçulmanos - e até mesmo ateus - vivenciam experiências similares.


NADA ALÉM DA VIDA

Dizem que, para os ateus, não há nada além da vida e do entendimento humano. Mas é óbvio que não entendemos o universo completamente; e é ainda mais óbvio que nem a Bíblia nem o Alcorão refletem nosso melhor entendimento do universo. Não sabemos se há vida complexa em outro lugar do cosmos, mas pode haver. Se houver, esses seres podem ter desenvolvido uma compreensão das leis da natureza que excede a nossa. Os ateus podem considerar essas possibilidades e admitir que, se existem extraterrestres, os conteúdos da Bíblia e do Alcorão serão para eles pouco impressionantes. Do ponto de vista ateísta, as religiões do mundo banalizam a verdadeira beleza e a verdadeira imensidão do universo. Não é preciso aceitar nada com base em provas insuficientes para fazer tal observação.


DOGMATISMO ATEÍSTA


Religiosos afirmam que suas escrituras só poderiam ter sido registradas sob orientação de uma divindade onisciente. Um ateu é simplesmente alguém que considerou esta afirmação, leu os livros e concluiu que ela é absurda. Não é preciso ser dogmático para rejeitar crenças religiosas injustificadas. Como disse o historiador Stephen Henry Roberts (1901-71): "Afirmo que ambos somos ateus. Apenas acredito num deus a menos que você. Quando você entender por que rejeita todos os outros deuses possíveis, entenderá por que rejeito o seu."


* É autor de 'The End of Faith: Religion, Terror, and the Future of Reason' (O Fim da Fé: Religião, Terror e o Futuro da Razão) e 'Letter to a Christian Nation' (Carta a uma Nação Cristã)

matérias para serem comentadas

Como eu sou uma pessoa inócua eu destaco duas matérias do último domigo 07/01/2007. Uma sobre ateísmo, muito bem escrita e elucidativa. A outra, de um sociólogo da USP em plena campanha presidencial para Nosso Governador José Serra, que já recebeu a herança de um excelente buraco do antigo governador G Alckimin.

quinta-feira, janeiro 04, 2007

ALCKMIN É CORRUPTO? É INEPTO?

Não estou com saco para escrever, portanto coloco artigo interessantes que leio eque tenha algo a dizer.

Paulo Henrique Amorim


. O novo governador de São Paulo, José Serra, anunciou que vai renegociar todos os contratos assinados pelo Governo de São Paulo.

. O novo governador anunciou que vai recadastrar todos os funcionários públicos. Quem não se recadastrar não recebe no fim do mês.

. Algumas perguntas, se se levar em conta que os governadores que antecederam José Serra foram Geraldo Alckmin e Mario Covas, ambos do PSDB, partido de Serra.

. Quer dizer, então, que Alckmin e Covas eram corruptos e faziam contratos lesivos ao Tesouro de São Paulo?

. Ou será que eram ineptos?

. Quer dizer, então, que Alckmin e Covas eram corruptos ou ineptos e não sabiam que a folha de pagamentos do Estado era uma folha “fantasma”?

. Quer dizer que a “crise de valores morais” a que Serra se referiu no discurso de posse – tão importante que o jornal O Estado de S. Paulo o publicou duas vezes – era uma crise instalada na administração tucana de São Paulo?

. Quer dizer que a ênfase de Alckmin contra a corrupção na campanha à presidência era de fachada – que por trás da fachada corria um mar de lama?

. Quer dizer que o Governador Claudio Lembo, do PFL, aliado de Serra, foi cúmplice dessa roubalheira – ou inépcia?

. E sobre o “marco regulatório”?

. Os tucanos acusam o Governo Lula de não definir um “marco regulatorio” que ajude os empresários a fazer planos.

. E quem fornece lápis e papel para as escolas publicas de São Paulo?

. E quem fornece ambulâncias? E está no meio de um contrato obtido segundo a lei?

. O que o novo governador vai fazer? Rasgar o “marco regulatorio”?

. Ou pedir o indiciamento dos administradores da gestão Covas – Alckmin?

. O que tem a dizer sobre isso o Farol de Alexandria, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso?

. Quer dizer que São Paulo era administrado por uns corruptos/ineptos e ele não sabia?

. E não pediu a punição para eles?

. Quer dizer, então, que o Brasil correu o risco de eleger um presidente da República sobre o qual o governador de São Paulo lançaria dúvidas gravísssimas sobre sua probidade administrativa?

. Vejam que risco o Brasil correu: uma "crise de valores morais" profunda!


PS – O ex-governador Cláudio Lembo disse ao Conversa Afiada que espera que o Governador Serra tenha êxito no levantamento da renegociação de contratos e no recadastramento de funcionários. Mas, que a questão não o atinge, porque na sua gestão, Lembo não contratou ninguém nem assinou contrato nenhum, “porque não tinha dinheiro em caixa”.

Se a atitude de Serra levar a rever o que Geraldo Alckmin e Mario Covas fizeram, Lembo disse: “Isso é um problema do Governador Serra e de seu partido”.