quarta-feira, abril 09, 2014

Fazer jornalismo é produzir memória!

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Estava assistindo na Globo News o documentário do excelente jornalista Geneton de Moraes Neto, "GARRAFAS AO MAR : A VÍBORA MANDA LEMBRANÇAS?, um filme     de uma hora e vinte minutos sobre o maior repórter brasileiro, Joel Silveira.
No início da película, Geneton, na voz do cantor Fagner, diz que uma das funções do jornalismo é produzir memória.

Fiquei com um enorme orgulho e satisfação.
Pois é uma das minha funções aqui no Terceiro Tempo: produzir memória!

Quem já escreveu uma página na seção "Que Fim Levou?", sabe do que estou falando. O personagem que teve sua história contada acaba virando um "filho".

É um trabalho árduo, consultamos livros de história, súmulas de futebol, ex-jogadores, familiares, documentos oficiais, historiadores, jornalistas, identificamos fotos minuciosamente, com responsabilidade, carinho e afinco.

Não contamos apenas a história do "personagem" e sim a situação comportamental, sócio-econômica e política de uma época.

Exemplo recente, aconteceu no dia 23 de fevereiro de 2013, faleceu o senhor Noberto Safioti, atacante campeão carioca pelo Bangu em 1966.

Não tinhámos nenhum dado.

Ligamos para o ex-jogador do Juventus, Brida, em Araçatuba-SP, para perguntar a respeito do ex-atleta. Apesar de morar na mesma cidade ele  não tinha nenhuma informação a respeito.

Depois de uma investigação na cidade, conseguimos o telefone da casa da família Safioti.

Conversamos com a viúva, Maria Regina, que nos contou que seu marido, adorava assistir a TV Bandeirantes para assistir a seção "Que Fim Levou?" no programa Terceiro Tempo.

Posteriormente conversamos com o filho Guilherme Safioti, que é casado com uma sueca e nos mandou fotos espetaculares de seu pai e do elenco do alvirrubro da zona oeste do Rio de Janeiro, também do Palmeiras,com o Divino, do Bragantino e do Botafogo de Ribeirão Preto.

O nosso repórter Marcos Júnior, atento a história do Norberto, lembrou de uma reportagem antiga dele com o comentarista de automobilismo da Rede Globo, Reginaldo Leme, que confessou todo o seu amor pelas corridas teve uma grande influência devido a família Safioti.

E ainda devido as imagens, Milton Neves reconheceu outro atleta, o meio-campista Jair, tão esquecido na memória futebolística deste país.

Quantas histórias foram contadas, memórias suscitadas e uma época retratada, tudo devido as fotos de Norberto Safioti?

Eu tenho o orgulho de produzir memória. 
 
Clique aqui e veja a página de Norberto Safioti na seção "Que Fim  Levou?"

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