sábado, junho 04, 2016

Morreu Ali, o maior atleta ativista por direitos da história.Por que o jogador brasileiro é alienado?

Malcom X e Muhammad Ali

Morreu o boxer Muhammad Ali, o principal boxer da categoria pesos pesados da história e maior ativista político na história entre os esportistas. Personalidade marcante, inteligente e irredutível no reconhecimento dos  direitos civis para os negros. Não foi apenas um exemplo para o esporte, mas sim de cidadania e que leva a uma reflexão trazendo a discussão para o Brasil e principalmente o futebol, por que o jogador de futebol é tão alienado politicamente?

Ali, nasceu como Cassius Marcellus Clay Jr  e se converteu ao islamismo, não aceitava posicionamentos e conceitos racistas que a sociedade empunhava contra os negros, principalmente na questão das diferenças sociais com os brancos.  

Discutia racismo com Martin Luther King e era amigo de Malcom X, se rebelou e recusou a lutar pelo exército amerino na guerra da Vietnã. "Nenhum vietcongue me chamou de crioulo, porque eu lutaria contra ele?", ao ser perguntado sobre o assunto, respondeu Muhammad Ali. 



Pagou um preço altíssimo, sendo proibido de lutar por três anos e seis meses. Ali não esmoreceu e ganhou o caso na Suprema Corte de Justiça dos Estados Unidos, o episódio foi retratado no filme "A maior luta de Muhammad Ali", com direção de Stephen Frears.

No futebol brasileiro, você pode contar nos dedos  os atletas que se propuseram ao ativismo político quando estavam em  atividade. Sócrates, Reinaldo, Afonsinho, Casagrande, Vladimir e o  Diogo, o ex-goleiro do Corinthians. 

Aliás, o arqueiro do Timão chegou a ser preso por integrantes do Doi-Codi (Centro de Operações de Defesa Interna)  pois não acreditava em um país comandado por militares. O ex-presidente da equipe do Parque São Jorge, Wadih Helu, que tinha influência com os "poderosos" da época, conseguiu libera-lo  prisão. Em uma entrevista, confessou que chegou a guardar embaixo da cama uma metralhadora.

Talvez falte alguns nome na lista acima, mas inclua na luta política, os  "oportunistas" que se aproveitaram da fama no esporte para ganhar votos em eleições para vereadores, deputados e senadores sem ter ao menos um básico plano de ideias e propostas.

Em uma sociedade plutocrática e com o "complexo de vira-latas" como a brasileira, os atletas em geral se portam como "capitães do mato" na hora de lutar por direitos e contra os preconceitos.

Os "capitães do mato" no século 19, no geral eram negros livres e pobres que trabalhavam para preservar os interesses patrimoniais dos senhores fazendeiros, capturando os escravos, semelhantes a sua condição. 

Tais como os "capitães do mato", o jogadores de futebol não atua na busca de uma unidade comum e sim, por interesse próprio, se portando de modo prático para o dirigente (os novos senhores patrimoniais), bem pago, mas nunca ser tratado como um "igual ".

Assim, os profissionais do futebol na sua totalidade e representação ficam sem prestígio na luta por conquistas  e direitos na profissão. Nada mais produtivo para plutocratas da bola, que ficam sem muitas  obrigações e "defendidos" pelas estrelas alienadas, os novos "capitães do mato", dos gramados.










Um comentário:

  1. Anônimo30/3/22

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