Pingo no Í: a idiotice do "Não vai ter Copa"

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Existem coisas no Brasil que passam da conta. A três meses do início da Copa do Mundo, um grupo de pessoas que clamam pelo slogan “Não vai ter Copa”, sendo que o repórter da Rádio Estadão, Sérgio Quintella, apurou que muitos destes já compraram ingressos para assistir o mundial.

A ausência de argumentos para contestar outros setores do país, que precisam melhorar não há dúvidas, mas este discurso anti-copa parece-me oportunista e uma caixa de ressonância  de quem vai, como sempre, ganhar muito dinheiro com a competição da Fifa no Brasil e nunca mexeu uma palha para nada que não os beneficiem.

Portanto, os “protestadores “ apenas são um instrumento da ação de argutos “velhacos” que continuam a séculos na “zona do conforto”, mamando nas tetas governamentais via município, do Estado e também no âmbito Federal. E nunca se sensibilizam com as necessidades de transporte, saúde e educação do povo e se utilizam do gatilho social do futebol para adestrar alguma claque, que a contragosto se rebelam no voto.

Mas isso não tira a responsabilidade destes que se manifestam pela não realização da Copa, mas comprando ingressos da Fifa, que pedem para melhorar o transporte público, mas ficaram irados nas redes sociais por não utilizarem, com seus carros, solitariamente, uma faixa nas vias públicas de São Paulo por detrimento de 170 pessoas que são diariamente entaladas em um ônibus.

São repetidores das “falas” daqueles que os prejudicam no dia-a-dia para serem incluídos em um discurso que algo não os agrada, em vez de fundamentar seus pensamentos e ir para o embate das ideias e compromissos. Compraram uma briga perdida. Portanto, como diria Nelson Rodrigues, apenas não “zurram” por andarem com duas pernas em vez das quatro patas.