domingo, março 30, 2014

O Sheik precisa de um "Tete à Tete", diz ex-diretor do Timão


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Henrique Alves (clique no nome e conheça a história) participou em momentos chaves da história do Corinthians. Foi atuante à época da democracia corintiana e também foi o dirigente responsável por contratar Marcelinho Carioca para o Timão em 1993.

Alves viveu momentos de turbulência com o time e junto aos torcedores, mas era conhecido pelo diálogo pelo Tetê à Tetê com as estrelas do time do Parque São Jorge.
Ele atendeu gentilmente a reportagem do Portal Terceiro Tempo por telefone e falou sobre suas impressões sobre a atual fase dos Alvinegro e cravou: “ não houve planejamento para 2014.”


Como está o Corinthians hoje?

Henrique Alves: Em má fase. Nada que uma vitória impeça uma melhora no ambiente.


E o presidente Mário Gobbi, como pode ser avaliado?



Henrique Alves: começou bem. E o que leio e ouço pela imprensa é que ele está sozinho agora. Sou conselheiro e nunca fui chamado à sala dele para falar sobre a situação do clube. E não me incomodo com isso.
O senhor vê um paralelo entre a desclassificação do Campeonato Paulista e a invasão de torcedores organizados ao Centro de Treinamento?


Henrique Alves:
é estranho. Pois invadiram o CT para agredir dois ou três jogadores e demoraram a chamar a polícia. E não tem uma imagem gravada? Muito esquisito.

Existe algum “dedo” da política do clube na invasão do centro de treinamento?



Henrique Alves:
Isso não. Só se o cara for maluco para fazer isso.
O senhor se decepcionou com a atitude do presidente Mário Gobbi ao manter o diálogo com os torcedores organizados após a invasão ao CT?

Henrique Alves: Não. Ele fez o certo em manter o diálogo. A torcida organizada é um reflexo da sociedade, existe gente boa, pessoas ruins e até bandidos. São contos da “carochinha” evitar um relacionamento com as organizadas ou proibir a utilização dos símbolos do clube.
A reformulação de elenco no início do Campeonato Paulista demonstrou um erro no planejamento do Corinthians para 2014?



Henrique Alves:
Não existiu planejamento. O reconhecimento para jogador de futebol é pagar um salário bom e em dia. Os jogadores de futebol têm que ser tratados como pessoas normais. Agora renovar contratos com atletas com mais de 32 anos por dois anos ou mais é um erro de estratégia.

O Corinthians errou na saída do Tite?



Henrique Alves:
o Tite foi demitido, não existiu acordo para saída dele. Ele (Tite) cansou de dizer na imprensa que queria ficar no Corinthians, mas “saíram” com o treinador que era muito querido pelos jogadores e torcedores.

Caso o Corinthians seja desclassificado na Copa do Brasil, Mano Menezes pode cair?
Henrique Alves: seria impossível segurar ele no cargo. A pressão seria enorme na imprensa e também entre os torcedores.

O Corinthians está errando ao “oferecer” o Sheik como moeda de troca?


Henrique Alves: você lembra do Ezequiel? Quando cheguei a diretoria de futebol do Corinthians (2003) todos diziam que ele trazia muitos problemas. Chamei ele (Ezequiel) na sala e olhei olho no olho e tivemos uma conversa. Ele nunca mais chegou atrasado ou trouxe problema para o treinador. Eu contratei o Marcelinho Carioca e na minha gestão ele não deu problema algum. Diziam que o Ronaldo Giovanelli dava “trabalho”. Conversamos e tudo ficou bem. Eles (Ezequiel, Marcelino e Ronaldo) me ligam até hoje. Tem que sentar com o Emerson e olhar no olho e perguntar: você quer continuar jogando no Corinthians? Tem que ter um “Tetê à Tetê”, afinal ele recebe um excelente salário e com certeza não desaprendeu a jogar futebol. Temos que tratar os jogadores com verdade em cima de verdade. Respeitando as pessoas.

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