O que eu mais gosto do Movimento Passe Livre, o "cabeça" nas manifestações, contra o aumento do transporte público em São Paulo, é que eles não tem o controle total sobre quem protesta.
Não se controla a juventude; ela não se vende, não se rende a violência do estado, aliás a faz mais perseverante. E isso que o sr.Governador, o secretário de segurança e o prefeito não entenderam e vão perder a parada, para o bem da cidade e dos cidadãos.
Muitos destes meninos e meninas mudarão de postura durante a vida, nunca mais terão esse furor cívico, porque neste "ato" da vida, nada compra a liberdade destes jovens, como diria Nelson Rodrigues, ela está acima do pão.
Portanto quando o governador Geraldo Alckmin vem a público dizer que é um protesto seletivo, deixando implícito que é coisa de "Petralhas", o mesmo esquece que o prefeito é do PT.
Não existe um "Fla-Flu" político e sim uma hierarquia de classes em questionamento.
Os políticos, representantes não do povo, mas sim dos financiadores de campanha, não querem a "desordem", impõe suas vontades sob todas as circunstâncias para que as "coisas" e a divisão dos "cascalhos" continuem da mesma forma: os bancos lucrando como nunca, as empresas de ônibus tranquilas com a péssima qualidade dos seus serviços e que a Fiesp lute para baixar o imposto e os guarnecidos pela dinheirama não sejam incomodados e mantenham os seus "milhõezinhos" de cada dia.
E assim, quando o regente maior do Estado, vem a público dizer que o MPL não reclamarou dos 80% do aumento da conta de luz, mostra que sua memória é seletiva também. Porque os manifestantes também não repudiaram a não resolução da chacina de Osasco, nem as 132 viagens da primeira dama, a Dona Lu, com as aeronaves de São Paulo e o "Trensalão"( a famigerada corrupção no metrô) .
Desqualificar uma argumentação digna pela politização oportunista, caiu em "démodé".
A sua Polícia Militar, Sr. Geraldo, grita e bate em estudante, mas fala fino com o PCC. "Ela" Pretende comandar os trajetos, o comportamento das pessoas e se preocupa em primeira instância com patrimônio dos bancos e das empresas de transporte público, deixando a vida e a segurança dos manifestantes, transeuntes e até dos policiais militares como excedente, mesmo sabendo que é a prioridade.
E se precisar forjar provas em mochilas, bater em grávidas ou cegar jornalistas com gás de pimenta, tudo bem?
Mas, pelo bem de quem?
Do "financiador de campanhas"?
E Se fosse a "Marcha da Família com Deus pela Liberdade" teria o mesmo tratamento?°
O Governo do Estado de São Paulo só quer "ganhar" o braço de ferro; não importa a razão e os escrupulos para chegar a "vitória".
Mas lembre-se, Soberano da "locomotiva do país", que os "jovens" já o impediu de fechar escolas, não subestime aqueles que tem todos os sonhos do mundo e muitos anos e votos à frente.
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