sábado, janeiro 16, 2016

A falácia "Fla-Flu" na política é a demagogia da vez no jornalismo brasileiro

Crédito da foto:Site oficial do Flamengo



A nova "mode", "fashion" ou exagerando em um "Zeitgeist" (muitos colegas gostam destes termos),  é a criação da frase:" Com este Fla x Flu político o Brasil não vai para a frente". 

O tal "Fla x Flu" é a disputa entre o PT e o PSDB pelo poder na política brasileira. O engraçado é que se esqueceram do PMDB neste balaio, sem ele (infelizmente), nenhum dos dois conseguem a "sustentação" nos municípios, Estados e no Congresso Nacional.

A simplicidade em transformar os problemas do país em um "jogo" entre dois partidos, é desprezar os séculos de injustiças sociais que martiriza o povo brasileiro. 

Não pense, caro leitor, que esta  pseuda isenção de quase todos os colegas da mídia, que palpitam sobre política,  é pela falta da reflexão,  do conhecimento ou de inteligência. 

Não é desproposital.  

Os "periodistas" do "Fla x Flu" querem ganhar o pódio de uma demagógica "isenção" e uma  inconcebível liberdade para não optarem  por nada e receberem os louros mentirosos da inexistente neutralidade, além de  manterem um "diálogo" aberto (Manutenção do emprego, dinheiro e projeção profissional) com o proprietário do veículo de comunicação (claro, que sempre dizendo "Sim, Senhor") e como bônus, exemplo "cool"  com os companheiros.

A questão não é optar pelo Partido dos Trabalhadores ou o Partido da Social Democracia Brasileira e sim sair de uma plutocracia conveniente e dizer o que realmente pensa ou simplesmente "calar a boca" sobre o assunto.

Todos podem ser  Flamengo, Fluminense, Vasco, Corinthians, Palmeiras, Atlético Mineiro, Grêmio ou Mogi-Mirim,  o que quiserem. É um direito constitucional.

 Agora, um profissional da imprensa que optou em perambular por este mundo tem que "dizer a que veio", é um direito do leitor, telespectador, ouvinte ou internauta saber. 

O que o jornalista acredita sem que o bem estar financeiro e narcisista interferirá.

Ele tem que falar ou escrever em justiça a  consciência profissional e por respeito ao seu público: É a favor do Bolsa Família? É contra  as cotas raciais nas universidades públicas? Concorda que os mais ricos devem pagar mais impostos?  E todos os assuntos em que meter o bedelho.

Leia que não estou escrevendo para ser um "mártir" ou  desafiar o  empregador, o veículo é particular, uma concessão pública, se não houver desonestidade (financeira, ética, intelectual ou outra quaisquer), e não envolver o seu nome, faça as matérias que foram destinadas para  tal. 

Mas não poderá se esconder em uma omissa opinião e transformar em uma metáfora futebolística a sua covardia conveniente para o patrão e ficar de "boa" com os coleguinhas. 

Pois se não fizer, o tempo cuidará para que a  máscara caia.

Um comentário:

  1. Concordo em grau, número e genero....
    Acrescentaria uma opinião...
    Como fica a nossa subserviencia,dizer sim onde cabe um não.já temos esse costume ne....fizeram lavagem celebral com TV.....

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