domingo, janeiro 10, 2016

"Corintianos" fizeram o "negócio da China"? Pelé e Rivellino disseram não para o Real Madrid!




Em 2008, o ator Jim Carrey estrelou o filme "Sim Senhor", que hipnotizado começa a concordar com tudo e assim percebe a diferença de um sim e do não.

Nesta última semana, um "furacão chinês" devastou o Corinthians  levando Ralf, Renato Augusto, Jadson e ainda podem levar Gil e Elias.  Com a mesma resposta de sempre: e a garantia financeira da família ( esqueceram de dizer dos "empresários" também), os atletas me lembraram "Carrey".   E claro que podem escolher ir para a China, o que me incomoda é o único motivo dito: o dinheiro.

O que diria Pepe e Pelé imortais do Santos, Rivellino,do Timão, que recusaram propostas do Real Madrid, Milan, Juventus, Barcelona e outros;  E o que dizer do goleiro Marcos, que recusou o Arsenal, para jogar a segunda divisão do Campeonato Brasileiro pelo Palmeiras?

E ainda foram recompensados pelo destino sagrando-se campeões mundiais pela Seleção Brasileira.

Os novos meninos de "Xangai," em pouco tempo serão esquecidos pela Seleção Brasileira, a Superliga da China tem um nível técnico pior, ficarão longe da família, dos amigos, mas perto da grana, a mercê dos conselhos dos empresários.

 Afinal estarão solitários em Pequim ou em qualquer "Cantão"(me orgulho deste trocadilho!).

Façamos "mea-a-culpa",  que a mais de uma década o Brasil não pratica o melhor futebol do mundo.

Nem o segundo; muito menos o terceiro; talvez o quarto?

Não.

Nem na América do Sul somos os melhores: Chile, Argentina e Colômbia estão acima.

Na Europa, estamos atrás da Alemanha, da Holanda,dos espanhóis e dos belgas.

E mesmo nesta fase sem fim para o "poço" da corrupção e da falta de talento, surgem os chineses com toques de "midas" em salários.

Por que perto dos arrozais, nos modernos centros de treinamento não estão recheados de craques italianos, alemães, espanhóis, argentinos, ingleses, uruguaios e belgas?

Pirlo, Ronaldo Fenômeno, Maldini, Nesta, Gerrard, Lampard, Kaká e Villa preferiram os Estados Unidos.

Drogba, Roberto Carlos, Materazzi, Mutu, Malouda, Zico e Ljunberg optaram pela Superliga Indiana à chinesa.

Mas Paulinho, Renato Augusto, Jadson, Luis Fabiano, Felipão, Luxemburgo, Jucilei, Ricardo Goulart e Diego Tardelli e$colheram os chineses; dos  "gringos", o sueco Sven Goran Erickson, o italiano Marcello Lippi, o ganês Asamoah Gyan e os argentinos "revelados" em solo verde-e-amarelo Conca, Montillo e Barcos.

 A China tem o maior imposto de renda para a pessoa física: 45%; enquanto os americanos exigem a colaboração em torno dos 40%, os indianos 33,5% e no Brasil 27,5%, fora a "mutreta" dos direitos de imagem, que deixa mais "suave" o resultado final.

O jogador troca o Brasil pela China, abandona as possibilidades da Seleção, muda os costumes alimentares, terá uma nova cultura, um idioma que terá dificuldades para aprender, longe dos amigos e de boa parte da família. Isolado, com a exceção dos compatriotas. Nem tudo é ruim!

Financeiramente, aqui eles passam "fome" com os seus "R$ 400 mil" mensais, descontando o imposto e a comissão do empresário se livraram da miséria com R$ 261 mil. O homem, o jogador, o banco de sustento, vai para o oriente com uma proposta de R$ 2 milhões ao mês e receberá R$ 990 mil.  Quase 400 % de aumento, tentador.

Supondo que a cada seis meses volte com a família ao Brasil, em uma busca rápida em sites de viagem, optando pela classe executiva, o novo milionário, a esposa e os dois filhos gastariam cerca de R$ 120.000 apenas em passagens aéreas. O aluguel de uma casa para família, cerca de R$ 30.000/mês, fora empregados, escola  e toda a adaptação que é necessária.

E atualmente, a China vem tendo problemas financeiros, as bolsas de valores vem caindo todos os dias e os sindicatos de trabalhadores praticamente não existem, o Renminbi,a moeda chinesa, é manipulada diariamente pelo Governo para a desvalorização e facilitar a exportação.

Sempre lembrando que o futebol é uma excelente fonte de "lavar" dinheiro, qualquer investigação mais aprofundada, como foi feita na Fifa e nunca na CBF, este castelo de notas e moedas poderá cair.

Se é apenas pelo "Vil metal" pode-se ganhar muito ainda no Brasil, por que terminar uma carreira tão sem propósito?

O torcedor deve se sentir enganado, pois em campo, os "novos garotos de Pequim" choraram quando marcaram gols e tiveram seus nomes entoados pela a massa, lágrimas percorreram suas faces besuntadas por hidratantes caros e a camisa canarinho empunhada em suas caixas torácicas os deixaram emotivos, patriotas e felizes.

Mas quando escutaram o barulho das moedas e das notas, abduzidos pela pressão do empresário e o medo de dizer não; repetiram o Jim:  Sim Senhor!

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